Nesta quinta-feira (21), em comemoração ao Dia Internacional das Florestas, o governo federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária, lançou o Plano Nacional de Desenvolvimento de Floretas Plantadas 2024.
A versão atualizada do Plano apresenta adequação das estratégias de sustentabilidade para a silvicultura brasileira. Também foi apresentada a plataforma Painel Floresta+, ferramenta de acesso público contendo dados atualizados do setor florestal brasileiro, possibilitando mais eficácia na identificação das necessidades e na formulação de políticas para o setor.
Para o ministro Carlos Fávaro, o setor de florestas plantadas é um grande ativo brasileiro. “São 10 milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil. Este mesmo setor tem sete milhões de hectares excedentes ao Código Florestal, de preservação. E buscam chegar ao um para um. Vão chegar a 10 milhões de hectares de preservação excedentes. É a mostra mais explicita de responsabilidade ambiental de uma produção econômica. É um setor responsável também por 2,6 milhões de empregos.”
O ministro destacou que muitas vezes esses empregos são gerados em regiões que são mais difíceis para o poder público gerar oportunidades. “Regiões, até então inóspitas, que são transformadas em regiões prósperas, geradores de emprego, de oportunidades e de riquezas.”, disse ele. Por último, Fávaro lembrou que o setor gera cerca de 1,3% do PIB nacional, algo em torno de R$ 100 bilhões.
Adriana Maugeri, presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Mapa e da Associação Mineira da Indústria Florestal, lembrou que o setor fornece matéria-prima para mais de 5 mil produtos. Em muitos, sendo uma alternativa a derivados de petróleo. “A madeira é um material nobre, limpo, renovável.” Ela reforçou que no processo de desenvolvimento das árvores o carbono é capturado da atmosfera e fixado no solo e nos produtos de madeira, durante a vida útil destes produtos.
Também presente no evento, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que seu ministério tem como principal responsabilidade a recuperação de áreas degradas ou antropizadas. “Nós, do Ministério do Meio Ambiente, temos uma responsabilidade em relação a restauração com florestas nativas, para fins de proteção ambiental, mas compreendemos que as diferentes modalidades são importantes e suplementares. Nós vamos evitar o que não pode, mas vamos criar o “como pode”, a forma de como fazer.” A ministra lembrou que era contra a concessão pública de florestas, mas mudou de ideia quando viu os resultados. “Política pública tem um preço a se pagar. É claro que tem contradição. Mas a gente tem que fazer o manejo sustentável das contradições”, disse ela.
Representando a Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas, a diretora-executiva Fernanda Abílio avaliou como muito positiva a iniciativa e posicionamento do governo em relação ao setor. “Todos os representantes do governo federal demostraram que estão dispostos a trabalhar em conjunto e de forma alinhada. Este é um momento bem importante para o setor florestal, tanto dentro do Ministério da Agricultura, quanto do Ministério do Meio Ambiente”, concluiu ela.
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