A Florestar – Indústria Florestal Paulista participou na quarta-feira (29), do 4º Encontro Nacional de Cursos de Engenharia Florestal (ENCEF), que tem programação até sexta-feira (31).
No painel “A visão do setor produtivo sobre o futuro profissional”, a diretora-executiva da Florestar, Fernanda Abílio, representou a associação paulista de empresas de base florestal e fez uma apresentação destacando a importância de alinhar a formação acadêmica às demandas reais da indústria florestal paulista e brasileira, especialmente no que se refere à oferta de mão de obra qualificada, preparada para as exigências do mercado atual.
Durante sua participação, a representante da Florestar apresentou a associação e contextualizou o cenário da indústria florestal paulista com dados e números levantados pela Florestar. Ela também tratou do mercado de trabalho e dos desafios que o setor vem enfrentando devido à carência de profissionais qualificados para atuar em diferentes frentes do processo produtivo de madeira de árvores cultivadas. Ela fez uma comparação entre o avanço das áreas de plantio florestal, a oferta de cursos de engenharia florestal e a procura por esta profissão entre jovens de diferentes regiões do Brasil. De acordo com um trabalho de pesquisa junto às empresas associadas, a Florestar estima que haja 2 mil postos de trabalho disponíveis no setor paulista de árvores plantadas. Por outro lado, apenas 50% das vagas nos cursos de engenharia florestal do Brasil foram ocupadas em 2025.
Fernanda Abilio, que é engenheira florestal, lembrou das ações que a associação tem participado para fomentar a disponibilidade e formação de profissionais aptos para as necessidades do setor florestal, a exemplo de programas governamentais em nível estadual e federal, além da aproximação de instituições de ensino, como universidades e o próprio Senai.
“O caminho proposto pelo setor produtivo para fortalecer a formação e o reconhecimento da Engenharia Florestal no Brasil contempla a necessidade de aproximar universidades e empresas, criando programas contínuos de interação entre professores, alunos e o mercado; direcionar disciplinas, pesquisas e estágios para os desafios reais enfrentados pela indústria; valorizar a Engenharia Florestal como carreira estratégica para o desenvolvimento sustentável; e reforçar a imagem da profissão junto às novas gerações, estimulando o interesse dos jovens por uma área essencial à bioeconomia e ao futuro do setor florestal”, disse a diretora-executiva da Florestar, durante sua apresentação.
O encontro acontece na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo – CREA‑SP. É promovido pela Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (SBEF) com apoio da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal – CCEEF/Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, tem o propósito de promover debates sobre a atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de Engenharia Florestal no Brasil, além de refletir sobre os desafios do ensino, da pesquisa e da extensão para a formação de profissionais aptos ao mercado florestal.