Nesta segunda-feira (24), a Florestar São Paulo e o escritório William Freire Advogados Associados, realizaram o seminário “Finanças Verdes: repercussões jurídicas e contábeis”. O encontro reuniu cerca de 120 profissionais do setor florestal e de outras áreas no hotel Grand Hyatt, em São Paulo.
Dividida em dois painéis, com foco em questões relativas ao direito ambiental, a programação teve a abertura do presidente da Florestar São Paulo, Manoel Browne. “Estes temas repercutem no dia a dia de todo mundo. Finanças verdes, carbono e sustentabilidade são princípios que norteiam a nossa conduta no ambiente empresarial”, disse o presidente da Florestar, que também é diretor de Relações Institucionais, Governamentais e com Comunidades da Bracell.
O primeiro painel focou na incorporação da precificação de carbono nas estratégias corporativas, evidenciando como essa prática deve se tornar essencial para a sustentabilidade empresarial. Especialistas discutiram desde o Protocolo de Quioto até as mais recentes iniciativas globais, destacando a relevância das ações estratégicas. Teve apresentações de três profissionais: Marcelo Azevedo, sócio na William Freire Advogados, Isabela Morbach, advogada e diretora da CCS Brasil, e Anicia Pio, gerente do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da FIESP.
O segundo painel enfatizou a contabilização e tributação dos créditos de carbono. As discussões incluíram as iniciativas do International Accounting Standards Board (Conselho Internacional de Normas Contábeis) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a natureza jurídica desses créditos e a complexidade da tributação internacional em transações de mercado voluntário de carbono.
Com o título “Contabilização e tributação de créditos de carbono” o painel foi mediado por Maurício Cazati Jr., líder da área tributária na Indústria Brasileira de Árvores – Ibá e teve os seguintes painelistas: Eduardo Flores, professor na FEA/USP; Nereida Horta, coordenadora do Núcleo de Pesquisas do Mestrado do Instituto Brasileiro De Direito Tributário; Martha Formenti, consultora tributária na Suzano; e Paulo Honório de Castro Júnior, advogado e sócio na William Freire Advogados.
“O seminário destacou a importância crescente das finanças verdes no cenário atual. Foi uma oportunidade para discutir questões centrais, como a precificação do carbono e a tributação dos créditos de carbono. Falou-se desde as bases históricas dos acordos internacionais sobre carbono até as práticas atuais de contabilização e tributação desses créditos. A diversidade de palestrantes trouxe uma riqueza de perspectivas, incluindo insights jurídicos, ambientais e contábeis”, comentou a diretora-executiva da Florestar São Paulo, Fernanda Abilio.
O presidente da Florestar, Manoel Browne, complementou: “Este seminário reafirma o compromisso da nossa associação com a promoção de práticas sustentáveis e incentiva a continuidade dessas discussões para enfrentar os desafios ambientais atuais e para a construção de um futuro mais sustentável”.

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