No início de agosto, aconteceu em São Paulo/SP o 6º Congresso Ambiental VIEX. O encontro tratou de diversos assuntos relativos à produção, aliada à manutenção e conservação de recursos naturais.
A estudante de Engenharia Florestal da FCA Unesp, Ana Caroline Nicodemo, representou a Florestar no Congresso e compartilhou suas impressões.
Veja o resumo que ela produziu sobre os conteúdos que assistiu.
Inovação e políticas públicas para viabilizar um futuro sustentável
Secretários de diferentes estados relataram os projetos desenvolvidos:
* BA: Projeto Bahia +Verde – Voltado às mudanças climáticas, economia de baixo carbono, justiça ambiental e social.
* ES: Buscando viabilizar economicamente reflorestamento por meio de pagamento por serviços ambientais (PSA), unidades de conservação (UC), concessão de parques e estímulo de negócios cuja base é a floresta em pé.
* MS: Até 2030 visam que a economia seja de carbono neutro, todas políticas públicas são baseadas nas ODS.
* SP: PAC 2050, visa descarbonização, preocupação com mudanças climáticas. Foco nos setores de emissão (transporte) e com capacidade de mitigação de gases de efeito estufa (agricultura e florestas). Fomentando negócios de baixo carbono.
O papel das empresas e do líder empresarial
* Jorge Soto (Braskem): “Como empresas serão sustentáveis se o mercado não abraça produtos sustentáveis?”, sugere precificação de carbono em produtos.
* Mariana Lisbôa (Suzano): Afirma que carga tributária em cima de papel é maior que a de plásticos. Cumprir todas leis ambientais não é diferencial, é necessário ir além.
Ademais, abordou-se a governança nas empresas.
Os desafios ambientais na cadeia de fornecimento
* Luiz Carlos Escorel (Lear Corporation): Para conhecer a pegada ecológica é preciso conhecer a cadeia de produção.
* Fernanda Delboni (Techsocial): Ressaltou importância do desenvolvimento da cadeia de valor. Padronizar as práticas é essencial para ESG, é possível padronização por tecnologia.
Revisitando o licenciamento ambiental
Foi levantado que estado é responsável por 90% dos licenciamentos, municípios também deveriam ser capacitados para realizar este processo.
Na gestão das empresas os aspectos ambientais devem estar ligados aos sociais.
Foram listados os desafios do órgão licenciador: equalizar e oxigenar quadro de servidores, diminuir subjetividade no processo e possuir segregação de papeis dos servidores para diferentes etapas do licenciamento.
“Análise de Impacto Ambiental vem sendo para-raios para problemáticas que causariam impactos ao meio social”, entretanto não deve apropriar da competência de outros órgãos.
* Thomaz Toledo (CETESB): Para CETESB dar conta da demanda de pedidos de licença requer investimentos – Buscam atrair e viabilizar investimentos. Também deve-se buscar forma de reduzir tempo de análise.
* Felipe Lavorato (Ambientare): Sugere matriz de impacto que já devolva maneiras de mitigação para não ser um trabalho repetitivo.
Prevenção e combate a crimes ambientais
Tráfico de animais é 3º maior crime no mundo após tráfico de armas e drogas.
Negócios de impacto
* Amália Sechis (Beef Passion): Se trata de um modelo de negócio humanizado. Diminuem 43% das emissões de gases de efeito estufa do gado. É um negócio de impacto pois possui objetivo de impacto socioambiental, foi exposto que faltam incentivos à negócios de impacto.
* Sociobioeconomia: projetos de conservação e desenvolvimento sustentável dos nossos biomas
o Hugo Fernandes (SETEG): Desenvolveram créditos de biodiversidade, aumenta se a empresa possuir projetos socioambientais.
* Keyvan Macedo (Natura&Co): Clima e biodiversidade são temas integrados. Levantou as palavras chave: regeneração e resiliência. Levantou importância de alinhar conservação com valorização da biodiversidade. Levantou a questão “Como viabilizar pagamentos por serviços ambientais para comunidades?”, citou exemplo da indústria de papel e celulose que trabalha junto de apicultores.
* Rodrigo Levkovicz (Fundação Florestal): Apresentou projeto de conservação da palmeira juçara. Grande integração com comunidades tradicionais, sendo feita a compra das sementes com elas.
Investimentos ESG: o que pensa o mercado financeiro
A problemática de ESG é a falta de regulamentação. Cria-se dúvidas de em que realizar investimentos. Buscar encontrar qual o retorno ano a ano.
A esfera social é a mais difícil de reconhecer o retorno ou a falta de retorno.
ESG demanda integração, não sendo estático nem binário, além de apresentar muitas oportunidades.
Logística reversa e economia circular nas cidades, indústrias e varejo
Logística reversa esta relacionada a ação social.
* Liv Nakashima (CETESB): Há dificuldade na adoção das práticas de logística reversa por parte da população.
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