Nesta segunda-feira (21) a Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas, a Florestar São Paulo, está completando 33 anos de fundação. A instituição, que surgiu com o propósito de fortalecer o setor de base florestal paulista, viveu diversas fases e nunca esteve tão ativa quanto agora. Ao longo de mais de três décadas, muitos profissionais fizeram parte da Florestar e contribuíram para que a associação se tornasse uma instituição reconhecida dentro do estado de São Paulo e respeitada, como é hoje.
Para contar um pouco desta história, trouxemos três depoimentos, de profissionais que passaram pelo cargo da presidência da Florestar São Paulo: Caio Zanardo (2016 – 2018); Jonas Salvador (2018 – 2021); e João Pedro Pacheco (2021 – 2023).
Caio Zanardo (2016 – 2018)
“Minha passagem pela presidência da Florestar foi em um momento oportuno. Pude dar sequência ao trabalho feito pelo presidente anterior, José Ricardo Ferraz, para simplificar a nossa associação, deixá-la mais ágil e enxuta. Deixamos de ter sede própria e conseguimos otimizar alguns custos. Ampliamos nossa visão de planejamento. Naquele momento, nós criamos uma readequação estratégica. Foi uma ação tática, de monitoramento de temas. Ainda não tínhamos nada relevante relacionado ao setor florestal dentro do estado de São Paulo, mas tivemos uma aproximação importante com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente a respeito das políticas públicas. Foi quando nos envolvemos com a questão do receituário agronômico, que tratava de questões complexas.
Neste período também criamos uma rede, com as empresas associadas monitorando os municípios em que estavam inseridas. Tanto para assuntos críticos ou percebendo oportunidades que pudéssemos aproveitar. Tudo isto é um trabalho de construção em longo prazo. Aos poucos, conseguimos mostrar para a esfera pública, a importância do setor e da indústria de base florestal.”
Jonas Salvador (2018 e 2021)
“Meu envolvimento com a Florestar tem mais de 10 anos. Acompanhei os primeiros trabalhos com relação aos cadastros para defensivos agrícolas no estado de São Paulo. O registro se dava na esfera federal e havia a necessidade do cadastro na esfera estadual. Já em 2016, quando eu era vice-presidente, as principais pautas apoiadas pela associação tinham relação com licenciamento ambiental e protocolo florestal. Havia a necessidade de regulamentar estes temas dentro do estado de São Paulo. Nós tínhamos uma agenda muito ativa junto à Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Agricultura e Abastecimento e as demais autarquias envolvidas.
Naquela época existia uma demanda de posicionamento por parte da Florestar. Precisávamos apresentar o setor florestal para o poder público e para a sociedade. Eles precisavam conhecer a forma como era tratada a relação do nosso setor com o meio ambiente e entender todos os cuidados que fazem parte do processo silvicultural e de colheita de madeira. Além disso, é um setor que tem um peso, de forte de cunho social, que envolve as pessoas diretamente ligadas, que trabalham ou vivem próximas aos plantios. É um setor que gera empregos, receita e benefícios para a sociedade.
Antes, nosso foco estava em atuar por melhorias e evitar que restrições atingissem nosso setor. Hoje, focamos em nos comunicar com as diferentes esferas e em nos posicionarmos publicamente. A Florestar funciona como um catalizador dentro do estado de São Paulo para as ações nacionais coordenadas pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). O papel da Florestar é conseguir unificar a comunicação entre governo, empresas e sociedade e traduzir isto numa linguagem só.
Estamos acima do associativismo. Estamos em um cooperativismo. Através da associação, as empresas associadas expões suas demandas e compartilham seus problemas, umas ajudando outras. Desta maneira, conseguimos pautar os assuntos direcionados à sociedade, ao setor público ou privado. Isto facilita na distribuição das demandas e na obtenção de resultados positivos.”
João Pedro Pacheco (2021 – 2023)
“Em 2014 participei da gestão como secretário-executivo. Foi um período de reconstrução administrativa. Buscamos novos associados, criamos uma nova identidade visual e um novo estatuto. Depois de concluirmos estas etapas, passamos para uma ação de externalização. Passamos a ter reuniões com secretarias de Estado, entidades de classe, representantes do poder legislativo. Começamos a reapresentar a Florestar para estas entidades. Nos envolvemos em discussões sobre utilização de agroquímicos, licenciamento ambiental e outros temas pertinentes ao setor de árvores plantadas.
Conforme fomos nos tornando mais participativos, mais vistos e conhecidos, passamos a ser acessados e reconhecidos, em nível estadual, como a entidade representativa do setor. Isto deu confiança aos associados, o que contribuiu para nossa expansão.
Basicamente, eu vivi três ciclos dentro da Florestar. O primeiro foi uma reorganização administrativa. Depois foi para melhorar a receita, trazendo mais associados e ajustando as contribuições. E o terceiro ciclo foi de externalizar a associação, expor mais a Florestar e buscar um maior reconhecimento.
Sou muito grato e feliz por esta jornada. Além de todo o aprendizado pessoal, é muito gratificante ver o que a Florestar é hoje. Aumentamos consideravelmente o número de empresas associadas e hoje vemos o nome da Florestar presente em importantes debates.
Entidades bem representadas e bem articuladas são muito importantes. O associativismo traz um pleito comum e o recebimento é diferente. Não é um interesse privado, mas sim o interesse coletivo.”
Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas – FLORESTAR SÃO PAULO
Fundação: 21 de agosto de 1990
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